segunda-feira, 6 de abril de 2015

A lenda de Obirici

A lenda de Obirici

Antigamente, o território onde foi erguida Porto Alegre era ocupado por duas tribos indígenas: Tapiaçu, que ocupava o cume do Morro Santa Tereza; e Tapimirim, que  se situava às margens do atual rio Gravataí.
Diz a lenda que Obirici, a filha predileta do cacique dos Tapimirim, teria se apaixonado Upatã, filho mais velho do cacique da tribo Tapiaçu. Porém, outra índia também se apaixonou pelo guerreiro.
A sorte foi então decidida numa competição de arco e flecha, cuja vencedora casaria com Upatã. Muito nervosa, Obirici teria errado o alvo e, havia perdido sua grande paixão. Teria saído, a caminhar por uma grande planície arenosa, onde hoje se situa o bairro Passo da Areia. Cansada, teria se sentado embaixo de uma figueira e ali ficado chorando. Em meio a preces e lágrimas, teria pedido com os braços erguidos ao céu que o deus Tupã viesse buscá-la.  Teria morrido, assim, de amor por Upatã. Das lágrimas, teria se formado um pequeno riacho, que corria sobre a areia, entre colinas e vales, árvores e plantas. Por isso, as mulheres indígenas que perdiam seus maridos em batalhas buscavam consolo nas "lágrimas de Obirici". 
A lenda, registrada pelo escritor José Antônio do Vale Caldre e Fião, era recitado por um velho índio guarani, chamado Vicente, que teria fugido de um dos Sete Povos das Missões, logo após o final da Guerra Guaranítica, ocorrido em 1756. 
 A estátua em homenagem à índia Obirici foi inaugurada em 13/03/1975, quando o prefeito da época, Telmo Thompson Flores, inaugurou o viaduto no cruzamento das avenidas Plinio Brasil Milano e Brasiliano Índio de Moraes. A escultura foi modelada pelo artista Mário Arjonas e projetada por Nelson Boeira Fairich.
Fontes: revista Viva no Sul, Ano 3, Novembro de 2000, p. 10-11; www.terragaucha.com.br/obirici.htm
Isabela 171


3 comentários:

  1. Cadê a foto do Escultor e do Projetista, não identificam os autores por quê?

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. yfgfrygdhdcushyscsgcdyg fydy wyjuygddtshadyt6ydgystddw6tfe7dguwehddhchdgcchcdhcdhchdcbjabduskm

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